No último dia 15 de maio, os diretores da UINA João Batista e Francisca Alves participaram, em Santas Rita, de um seletivo para o curso de Gestão Escolar oferecido pela UFMA a diretores de escolas públicas. 24 diretores da URE/Bacabal foram selecionados na fase curricular, mas nem todos poderam ir com a caravana para a 2ª fase, que foi uma redação abordando o tema OS DESAFIOS DO GESTOR FRENTE À ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.
"É uma atitude louvável e necessária, que procura investir na qualificação do gestor", comenta o JB. Confira abaixo o texto do Diretor JB.
OS DESAFIOS DO GESTOR FRENTE À ELABORAÇÃO
DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
por João Batista da Costa Filho
Santa Rita, 15.05.2010
Se bem observarmos, nossa existência vem diuturnamente recheada de desafios, esse vocábulo firme, que “a priori” nos afigura como um Golias frente a um pequeno Davi. Entretanto, do amanhecer ao outro amanhecer deixamos nosso rastro de lutas, imprevistos, realizações grandiosas ou simples – mas não menos importantes – e por vezes até rastros de insucessos.
Tudo isso nos canaliza à assertiva de que, qualquer que seja a esfera ou motivo de nossas ações, precisamos estar cônscios de que, independentemente do “onde” ou do “quando” haveremos de estar interrogando o “como” fazer. Eis aí nosso constante desafio.
Para o gestor escolar os desafios lhes são redundantemente desafiosos, em particular os da elaboração do Projeto Político Pedagógico, que contempla e resume todos os subdesafios de uma instituição escolar. São multidesafios porque ultrapassam a barreira do individualismo, do pessoal e do familiar para se estender à esfera do coletivo, do democrático e do princípio da participação, justiça e legalidade, sem, contudo, esquecer da harmonia, liderança, produtividade e outros atos que norteiam um projeto coletivo como o PPP.
É possível que os maiores desafios do gestor frente à elaboração do PPP habitem na dificuldade de congregar num propósito único, vivo e otimista os recursos humanos que o devam construí-lo, quer pela correria da vida ou por outro motivo “superior” à educação.
Mesmo quando se consegue derrubar, ou pelo menos abalar o Golias do conformismo, do comodismo e da ignorância sócio-político-educacional de alguns, falta-lhes o conhecimento e apoio técnico e, sobretudo, falta-lhes o estímulo frente á construção apenas elaborativa de mais um documento que dormirá na gaveta. Esse desestímulo pode estar associado, muitas vezes, à má formação ou qualificação do profissional escolar, incluindo-se aí o gestor, politização dos membros comunitários, pais, responsáveis e os próprios alunos frente à coisa pública. Fatores como precárias condições de trabalho, estrutura física inadequada e sem conforto, apoio técnico e qualificação de pessoal em quantitativo suficiente à demanda de serviços, arrocho salarial, negligência de direitos frente à sobrecarga de deveres, particularmente do gestor, certamente são fatores decisivos para o sucesso ou o fracasso do PPP, desde sua elação à sua aplicação.
Assim, a elaboração do PPP surge como a ação básica, motivadora e norteadora do sucesso escolar e que para sua efetiva eficácia necessita de elementos como os acima citados e questionados. Somente assim o pequeno Davi poderá vir a vencer o Golias dos nossos desafios cotidianos.